Eu tenho imenso carinho
por
gentes que nunca toquei.
Um carinho que se nutre
daquilo que eu nunca vi,
daquilo que eu nem sei.
Eu tenho uma fantasia
que cresce e que fermenta
na distância e na ausência,
no não ter, no não viver.
Eu tenho uma sincera inocência,
e um sincero desejo de crer
naquilo que nunca foi
e no que talvez nunca vá ser.
Eu tenho vontade de tudo
e quase sempre tudo é bonito,
mas tudo quase sempre é muito
e meu espaço restrito.
Eu tenho um querer que me quer
assim tola e sempre crente.
Eu tenho comigo uma vida
que de tão fértil e sadia
às vezes me põe doente.
Analú
2 comentários:
Belo poetar!!Amei!!Bjsss
Faz algum tempo que não venho aqui passear. E como sempre, vale muito a pena! Você é mesmo craque com as letrinhas, eheh.
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