Noite
O vento frio penetra
nas aberturas da minha blusa.
Arrepio.
A luz forte, redonda,
pendente no céu,
me faz fechar as pálpebras.
O breu desvenda o meu corpo,
que as estrelas iluminam.
Um ruído ou outro,
animais no cio.
Sorrio.
Afago meus cabelos,
me abro toda.
Que o intocável me penetre.
Faço amor com a noite.
(Ana Lucia Sorrentino, em Alento - 2007)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
Pausa para Poesia - Dia-a-Dia
Dia-a-Dia
Passo o dia na fantasia.
Vem a noite e durmo.
Meu príncipe é só um homem
que chega cansado e com fome.
Eu visto uma camiseta
e esqueço a cinta-liga
que me fez delirar.
Tudo é tão caro e difícil...
Não dá pra inventar.
Ele se encosta às minhas costas
e em vez do beijo na nuca
me mete a mão na bunda.
Me encolho, violada,
mas não digo nada.
Não é uma noite de orgia.
É só meia hora vadia.
Tudo é meio às pressas,
e logo vem o sono.
Amanhã é outro dia.
(Alento, de Ana Lucia Sorrentino)
Passo o dia na fantasia.
Vem a noite e durmo.
Meu príncipe é só um homem
que chega cansado e com fome.
Eu visto uma camiseta
e esqueço a cinta-liga
que me fez delirar.
Tudo é tão caro e difícil...
Não dá pra inventar.
Ele se encosta às minhas costas
e em vez do beijo na nuca
me mete a mão na bunda.
Me encolho, violada,
mas não digo nada.
Não é uma noite de orgia.
É só meia hora vadia.
Tudo é meio às pressas,
e logo vem o sono.
Amanhã é outro dia.
(Alento, de Ana Lucia Sorrentino)
Assinar:
Postagens (Atom)