segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Poesia - Procura-se (2007)





















Procuro uma espécie nova,
e tenho que pô-la à prova
pra ver o quanto me serve.
Não basta só me servir.
Tem que ter um ir e vir
entre um mundo e outro,
ter jogo de cintura,
ter bom senso, ter candura,
circular por novas zonas,
sem ter medo de errar.
Procuro um ser humano
tão humano, tão humano,
que tenha instinto animal.
Que nunca seja um macho
nem mesmo uma feminista.
Que seja aura, alma, calma,
que seja vida e amor.
Procuro uma espécie nova,
e não sei onde achar.
Por certo não há de ser
na mesa de qualquer bar.
Também não creio que exista
onde alcance a minha vista.
Nas ruas por onde ando,
nos prédios em que circulo,
no trânsito em que enlouqueço...
Não. Não sei de ninguém assim.
Queria alguém que amasse
e que amasse amar.
Que sempre se entregasse
e sempre viesse buscar.
Uma espécie tão nova
que luzisse, transparente.
Que transasse com a alma
nunca acreditasse
no que acredita essa gente.
Que não pisasse, planasse,
e que tocasse, tocasse, tocasse...
Procuro essa espécie, louca,
mas não sei onde achar.
Quem sabe, talvez, fluindo,
e me deixando levar,
me tornasse mais etérea,
conseguisse flutuar.
Quem sabe me elevando
e aprendendo a minha parte,
eu conseguisse, com arte,
Deixá-la me encontrar...


Analú

3 comentários:

carlosonofre disse...

Maravilhosa poesia Analu,parabéns!
É,achar um ser assim é difícil nos dias de hoje,mas,não é impossivel,pois,se tu desejas alguém dessa magnitude,existe alguém que também deseja encontrar uma iluminada como vc,com os mesmos atributos,porque escrevemos em nossas poesias o que somos e o que desejamos ser e ter.
Beijos!!!
Carlos Onofre

Zé Carlos disse...

Analu, as seus poemas são maravilhosos e você, querida, uma linda!!!!!

Beijão, obrigado e venha sempre que puder. Bjs do ZC

Paulo Brasil disse...

Por acaso achei seu blog (na realidade uma foto. Um olho além de uma fechadura, que a copiei).

quanto ao seu "desafio de busca", tente conhecer um crente (em Jesus) verdadeiro.

Lá encontrarás além de que teus versos e tua alma anseiam.