quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aquecimento pra leitura de "A Bendita da Chavinha"


Nesse momento estou escrevendo mais uma reflexão sobre o Barba Azul (sim, o chato!). Não tem jeito, é preciso.
Enquanto estava aqui, lendo e pensando sobre ele, me deparei com uma nota, a seu respeito, em Mulheres que Correm com os Lobos (Clarissa Pinkola Estés).
Achei que valeria a pena transcrever a nota aqui, porque ela, por si só, já diz muito, e sua leitura pode ser um bom aquecimento pra que, quando eu postar A Bendita da Chavinha, (que estou terminando), alguém já tenha pensado um pouco sobre o assunto, e, quem sabe, possa me ajudar na reflexão.
Lá vai:
No folclore, na mitologia e nos sonhos, o predador natural quase sempre tem seu próprio predador ou perseguidor. É o combate entre esses dois que afinal produz a mudança ou o equilíbrio. Quando isso não ocorre, ou quando não surge nenhum antagonista apreciável, o relato costuma ser chamado de história de terror. A ausência de uma força positiva que se oponha com sucesso ao predador negativo faz surgir um medo extremo no coração dos seres humanos.
Da mesma forma, no dia-a-dia, há uma quantidade de ladrões-de-luz e assassinos-da- consciência soltos por aí. Geralmente, uma pessoa predatória apropria-se indevidamente da seiva criadora da mulher, tomando-a para seu próprio uso ou prazer, deixando-a pálida e sem saber o que ocorreu enquanto o predador de certo modo vai ficando mais corado e animado. O predador deseja que a mulher não preste atenção aos seus próprios instintos para que ela não perceba o sifão que está preso à sua mente, sua imaginação, seu coração, sua sexualidade, ao que seja.

O modelo de renúncia à nossa vida essencial pode ter começado na infância, estimulado por quem se encarregava da criança e queria que o talento e beleza da criança suplementassem o vazio e a fome dessa mesma pessoa. Ter uma formação dessas dá enorme poder ao predador natural e nos prepara para ser uma presa para os outros. Enquanto seus instintos não voltarem a funcionar corretamente, a mulher criada dessa forma é extremamente vulnerável a ser dominada pelas necessidades psíquicas tácitas e devastadoras dos outros. Geralmente, a mulher com os instintos em ordem sabe que o predador está se insinuando por perto quando ela se descobre num relacionamento ou numa situação que faz com que sua vida se limite, em vez de se ampliar.


Vale a pena pensar um pouco sobre isso. ;)
Em seguida, vou comentar sobre a chavinha, espero participação, hein! ;)

Beeeijos!!! :)

Analú

3 comentários:

Edson Marques disse...

Vim aqui, te ler.
Muito bom o texto.
Abraços,

zal disse...

Maravilhosooooooooooo!!! Um toque sutil de muita repercussão interna...
Bravo, linda alma!!!
Beijos de luz,
Rosalba
PS.: recebi tua página através de um amigo comum Alvaro...
Que bons ventos te guiem, amada!!!

Mistérios, Magias ou Milagres. disse...

Ainda continuo maravilhada com seus testos, voce é realmente um fantastica escritora. Parabens. Beijos Heudes